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Situação econômica da Bahia em meio à guerra tarifária

Foto: Reprodução/Marcelo Camargo/Agência Brasil


Isabella Guerra

O turismo, a agronomia e a indústria são pilares fundamentais da economia baiana. Durante o período do verão ao carnaval, cerca de R$7 bilhões foram injetados no estado, superando a marca de 2024. Os bons resultados geraram expectativas positivas para o ano que começava, até que no dia 2 de abril o presidente americano Donald Trump anunciou uma série de tarifas para o mundo, incluindo o Brasil.

 

A relação comercial entre a Bahia e os Estados Unidos movimenta cerca de R$21,6 bilhões anualmente e deve sofrer perdas de pelo menos R$379,6 milhões devido ao aumento tarifário de 10% imposto pelo presidente americano, Donald Trump. Conforme Arthur Souza Cruz, Coordenador de Conjuntura da SEI, o setor mais prejudicado do estado será o industrial, especialmente a área ligada à metalúrgica, onde produtos de ferro e aço tiveram aumento de tarifas de 35%. Entretanto, esse setor representa apenas 8% das vendas para os Estados Unidos em 2024.

 

Em consequência da taxação no aço e no ferro, as exportações desse produto devem diminuir, fazendo com que trabalhadores percam seus empregos devido à queda na produção industrial. Além disso, pequenas e médias empresas que dependem de contrato para exportadoras devem ser afetadas.

 

Porém, os danos das tarifas vão além da taxação ao país, uma vez que a China, segundo país que mais comercializa como estado (ficando atrás apenas dos EUA), anunciou a retaliação das taxações impostas e, por consequência, o início de uma guerra tarifária entre as duas principais potências do mundo.

 

Muitas pessoas devem se perguntar como este conflito impacta na economia do estado?

 

Para abastecer seu comércio interno, a China investe seu dinheiro na compra de soja, cacau, café e frutas da Bahia e, por conta dos embargos, o país asiático terá que procurar novos lugares para a realização de compras e vendas de produtos. Logo, é esperado que mais investimentos chineses sejam feitos no estado.

 

“O agronegócio, que é o setor líder da pauta baiana com aproximadamente 50% de participação, certamente terá maior demanda não só da China como de outros mercados, principalmente se forem estabelecidos acordos comerciais como o que está em andamento entre o Mercosul e a UE.” afirma Arthur Cruz.

 

Em virtude dos temores causados pela guerra tarifária, vários países no mundo sofreram com a instabilidade das bolsas de valores, visando à diminuição dos impactos negativos na economia mundial, é essencial que os países envolvidos entrem num acordo, em que ambos os lados saiam satisfeitos.

 

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