Redação
O ex-presidente Jair Bolsonaro depõe à Polícia Federal na tarde desta quarta-feira (18), em Brasília (DF), para prestar depoimento no inquérito que investiga as ações de empresários suspeitos de articular um golpe de Estado por meio de conversas em um grupo de mensagens no WhatsApp.
Em agosto deste ano, o ministro Alexandre de Moraes arquivou uma investigação contra seis empresários (Afrânio Barreira Filho, José Isaac Peres, José Koury Junior, Ivan Wrobel, Marco Aurélio Raymundo e Luiz André Tissot) suspeitos de defender golpe de Estado via WhatsApp por meio de ataques ao Supremo, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aos ministros e às urnas eletrônicas.
A PF também encontrou no celular de Meyer Nigri mensagem enviada em junho de 2022 pelo contato “PR Bolsonaro 8”, com teor golpista. O texto atacava, sem provas, o sistema eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Supremo Tribunal Federal (STF) e o instituto de pesquisas Datafolha. E pedia que a mensagem fosse repassada “ao máximo”. Ao que o empresário da Tecnisa responde: “Já repassei para vários grupos”.
A suspeita é que o autor da mensagem seja Bolsonaro. A investigação não crava que o contato seja do então presidente. Porém, segundo as apurações, a PF já havia identificado esse mesmo número de celular na agenda do ex-ajudante de ordens do mandatário do PL, Mauro Cid. Ele aparece na investigação sobre o caso da venda ilegal de joias e é registrado nos contatos de Cid como “PR Bolsonaro ago/21”.
